O que é Esteatose Hepática?

Esteatose Hepática o que é?

A esteatose hepática é algo mais comum do que muitos imaginam, estima-se que cerca de 30% da população seja acometida pela doença, trata-se de uma doença silenciosa por geralmente não causar sintomas, e representa acúmulo anormal de gordura no fígado.

Ela pode acometer qualquer faixa etária e ser classificada em doença gordurosa alcoólica do fígado quando há abuso de bebida alcoólica, ou doença gordurosa não alcoólica do fígado, quando não existe história de ingestão de álcool significativa.

É uma doença geralmente benigna e reversível, mas se não tratada ou controlada corretamente, pode provocar inflamação a médio e longo prazo, e evoluir para cirrose hepática em alguns pacientes.

Causas da Esteatose Hepática

  • Sobrepeso ou obesidade, responsável por cerca 60% dos casos de doença gordurosa não alcoólica.
  • Abuso de Álcool.
  • Hepatites Virais.
  • Diabetes.
  • Alterações dos lípides (Colesterol / Triglicérides).
  • Medicamentos (corticoides, estrógeno, amiodarona, antirretrovirais, diltiazen e tamoxifeno).

Como diagnosticar a Esteatose Hepática

É feito comumente nos exames de rotina de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, e quando houver algum grau de inflamação do fígado, pode ocorrer elevação das enzimas do fígado (TGO e TGP) em exames de sangue.  Além disso, pode ser suspeito no exame físico do médico quando houver aumento do fígado.

Embora os exames acima mencionados, façam o diagnóstico na maior partes das vezes, há poucos casos em que a confirmação depende de biópsia. Há poucos anos foi desenvolvido um exame para o equipamento de ultrassom, chamado de Elastografia Hepática Ultrassônica, indolor, que mede a elasticidade do tecido hepático e a quantidade de gordura acumulada no fígado, além de detectar e estimar eventual fibrose hepática.

Classificação

Grau 1 ou Leve – quando há pequeno acúmulo de gordura no fígado.

Grau 2 ou Moderada – há um acúmulo moderado de gordura.

Grau 3 ou Acentuada – quando ocorre grande acúmulo de gordura.

Tratamento da esteatose hepática

Não existe um tratamento específico para a esteatose hepática. Ele é determinado de acordo com as causas da doença. Consiste em afastar, corrigir ou controlar as possíveis causas, com melhora do estilo de vida, fazer exercícios físicos, re-educação alimentar, dieta equilibrada e redução de peso, além de retirar o uso de álcool ou de medicamentos que possam ser a causa do problema. São raros os casos em que se torna necessário introduzir medicação, e em casos mais graves, quando evoluir para cirrose hepática, o transplante pode ser o único tratamento.

Dúvidas comuns:

  1. Qual especialidade médica que pode me auxiliar no diagnóstico e tratamento da esteatose?

R: Clínico geral, gastroenterologista e hepatologista.

  1. Criança também pode ter esteatose?

R: Sim, pacientes de qualquer idade podem ter acúmulo de gordura no fígado, no caso das crianças nos primeiros anos de vida, é causada principalmente por algumas doenças metabólicas. Já nas crianças maiores e adolescentes, as causas são semelhantes às dos adultos. Importante dizer, que o tratamento na infância é de fundamental importância para prevenir danos irreversíveis nos adultos, além da conscientização da criança para hábitos de vida saudáveis.

  1. Existe forma de prevenir a doença?

R: Sim, basicamente seria ficar atento às possíveis causas, procure manter o peso dentro dos padrões ideais para sua altura e idade, mas cuidado! Dietas radicais, que provocam emagrecimento muito rápido, podem piorar o quadro. Beba alcoólica com moderação durante a semana e nos fins de semana também. E o mais importante, procure auxílio de um nutricionista para readequadar sua alimentação.

Dr. Rodrigo Velloso Machado Eckmann

Médico Radiologista

Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

CRM 133.360

Câncer de mama: como fazer o autoexame

Auto exame mama

O Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Sociedade Brasileira de Mastologia concordam que embora o autoexame tenha sido bastante preconizado no passado, hoje em dia, ele é útil para o autoconhecimento do corpo e não substitui o exame clínico das mamas, tampouco a mamografia. Além disso, o autoexame deixou de ser recomendado em países mais desenvolvidos há mais de dez anos por não ser capaz de descobrir tumores menores que 1 centímetro. Ao se autoapalpar e não identificar nenhuma alteração, a preocupação é que mulheres deixem de procurar atendimento médico e de fazer exames de detecção. Falhas neste rastreamento e a lentidão entre a confirmação e o tratamento contribuem para a mortalidade.

Na luta contra o câncer de mama, é necessário autoconhecimento, isto é, que toda mulher conheça detalhadamente as suas mamas, o que facilita a percepção de qualquer nova alteração. Por vezes, muitas mulheres por medo, vergonha ou até mesmo por receio de não conseguir ajuda, não fazem o autoexame, não sabem até mesmo o que é anormal em seu corpo.

A orientação mais atual é que toda mulher a partir de 20 anos de idade, apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável, a qualquer tempo, sem nenhuma recomendação técnica específica ou periódica. Os dados oficiais mostram que é mais comum mulheres identificarem caroços no seio casualmente (no banho ou na troca de roupa) do que no autoexame mensal.

Lembre-se: o autoexame de mamas é apenas a primeira precaução. A consulta ginecológica anual, exames de rotina e a atenção aos sinais de alerta, que estão abaixo mencionados, são essenciais para prevenir e tratar qualquer problema.

Principais sinais de alerta no exame da mama:

Os principais sinais de alerta no exame da mama, que necessitam avaliação médica e eventualmente exames de imagem, são:

  1. Palpação de nódulo
  2. Descarga papilar espontânea unilateral/uniductal de coloração sanguinolenta ou transparente tipo água de rocha
  3. Retração, abaulamento e/ou alteração da coloração da mama necessita de investigação
  4. Edema,tipo casca de laranja em mamas e/ou axilas.
  5. Inversão anormal do mamilo
  6. Nódulo endurecido que surge na axila
  7. Coceira no mamilo que não melhora com uso de corticoide

Todos os sinais acima mencionados são suspeitos e necessitam de investigação, seja com a realização de  mamografia  (caso a mulher tenha mais que 40 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Radiologia e/ou Ultrassonografia) . Já pacientes de alto risco (familiar de 1º grau com câncer de mama, antecedente familiar de homem com câncer de mama, gene BRCA1 mutado.) necessita começar a investigação aos 35 anos já com mamografia e complementação com ultrassonografia, caso necessário.

Apesar de não haver técnica específica, seguem algumas sugestões de como fazer o autoexame.

Autoexame de mama como fazer:

Em frente ao espelho:

  • Posicione-se em frente ao espelho;
  • Observe os dois seios, primeiramente com os braços caídos;
  • Coloque as mãos na cintura fazendo força;
  • Coloque-as atrás da cabeça e observe o tamanho, posição e forma do mamilo;
  • Pressione levemente o mamilo e veja se há saída de secreção.

Em pé (pode ser durante o banho)

  • Levante seu braço esquerdo e apoie-o sobre a cabeça;
  • Com a mão direita esticada, examine a mama esquerda;
  • Divida o seio em faixas e análise devagar cada uma dessas faixas. Use a polpa dos dedos e não as pontas ou unhas;
  • Sinta a mama;
  • Faça movimentos circulares, de cima para baixo;
  • Repita os movimentos na outra mama.

Deitada

  • Coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para examinar a mama direita;
  • Sinta a mama com movimentos circulares, fazendo uma leve pressão;
  • Apalpe a metade externa da mama (é mais consistente);
  • Depois apalpe as axilas;
  • Inverta o procedimento para a mama esquerda.

Dr. Rodrigo Velloso Machado Eckmann

CRM 133.360

https://pebmed.com.br/quais-sao-os-sinais-de-alerta-no-autoexame-da-mama/
https://www.inca.gov.br/en/node/1208
http://www.sbmastologia.com.br/noticias/autoexame-da-mama-nao-substitui-exame-clinico-diz-ministerio-da-saude/
https://www.gineco.com.br/saude-feminina/exames-de-rotina/autoexame-das-mamas/

Elastografia hepática: o que é e para que serve

A elastografia hepática é um método de imagem não invasivo e indolor que permite avaliar o grau de fibrose do fígado, um tecido que se desenvolve quando o órgão é lesionado continuamente  em razão de condições como  hepatite, gordura no fígado, cirrose e câncer no fígado.

O exame contribui para o diagnóstico e avaliação da gravidade dessas patologias, podendo substituir, na maior parte dos casos, a biópsia, que requer a retirada de um fragmento do fígado e internação. Além disso, a elastografia hepática também pode ser utilizada para avaliar o sucesso do tratamento.

Como é feito

É semelhante a um ultrassom abdominal, com duração de 20 a 30 minutos. Exige apenas jejum de seis horas e a não ingestão bebidas alcóolicas ou cafeína nas 24 horas anteriores.

Para quem é indicada

A elastografia hepática pode ser indicada a pacientes com suspeita de:

  • Hepatite
  • Gordura no fígado
  • Cirrose
  • Câncer no fígado
  • Colangite esclerosante primária
  • Cirrose
  • Hemocromatose
  • Doença de Wilson

Benefícios

  • Não é invasivo
  • Nao provoca dor
  • Não oferece riscos
  • Não possui contraindicações

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